Beach Epiphany
South Beach, Miami. Uma região que ocupa um lugar especial no imaginário de muitas pessoas. Um lugar cercado por praias, mangues e arranha-céus. Um lugar que possui muitas camadas e contradições em sua complicada história
A partir 2017, comecei a fotografar a praia de Miami em South Side. Optei por deixar que os as longas caminhadas pela areia da praia, além dos encontros e interações com as pessoas fossem a força criativa neste processo, dando assim, mais espaço ao acaso oferecendo-me diferentes perspectivas sobre este local. Com o tempo, este projeto tornou-se então uma investigação de longo prazo sobre a sociedade contemporânea e um olhar mais aprofundado sobre alguns de seus aspectos econômicos, políticos e comportamentais.
Do inusitado aos momentos mais triviais, estar debaixo do sol e diante do mar, geralmente em trajes de banho, ao mesmo tempo que expõe muitas das características de cada pessoa, suaviza hierarquias sociais, pois todos compartilham o mesmo espaço e banham-se no mesmo mar. Este projeto parece revelar de maneira mais sincera alguns aspectos intrínsecos a condição humana na atualidade através da crônica do cotidiano na praia.
Como brasileiro, Miami também teve seu lugar no meu imaginário. Ter a oportunidade de dedicar tempo naquele local e vivenciar essa experiência através da minha prática fotográfica me fez questionar muitas ideias pré-concebidas em relação àquele espaço. Da mesma forma que este é um lugar cheio de contrastes onde ilusão e desilusão parecem caminhar de mãos dadas, abracei suas sutilezas para adicionar mais camadas e cores às concepções muitas vezes estereotipadas.
Dentro do espectro das cores, reside uma dimensão capaz de expandir a interpretação dos sonhos, desejos, valores, aspirações humanas... Tudo ganha um novo ritmo e se revela sem a fronteira do pudor ou da vergonha, e assim, as cores tornam-se matéria-prima para reflexões e emoções.
Neste sentido, o termo "epifania" parece apropriado para o profundo sentimento de realização, sincronicidade e contradição que existe entre a essência do lugar e nós mesmos.
Este projeto pretende propor uma perspectiva mais ampla sobre os agenciamentos existentes entre corpos, identidade e a paisagem em um ambiente estimulado pela diversidade cultural, comportamental, ou mesmo, por um certo componente idiossincrático. As imagens são um convite a mergulhar neste enredo e entrar nessa experiência vivida que possibilitou estabelecer mais conexões e encontrar sentido em uma forma de lirismo para levantar questões e desafiar ideias singulares e bem definidas a respeito de um lugar tão complexo.
A partir 2017, comecei a fotografar a praia de Miami em South Side. Optei por deixar que os as longas caminhadas pela areia da praia, além dos encontros e interações com as pessoas fossem a força criativa neste processo, dando assim, mais espaço ao acaso oferecendo-me diferentes perspectivas sobre este local. Com o tempo, este projeto tornou-se então uma investigação de longo prazo sobre a sociedade contemporânea e um olhar mais aprofundado sobre alguns de seus aspectos econômicos, políticos e comportamentais.
Do inusitado aos momentos mais triviais, estar debaixo do sol e diante do mar, geralmente em trajes de banho, ao mesmo tempo que expõe muitas das características de cada pessoa, suaviza hierarquias sociais, pois todos compartilham o mesmo espaço e banham-se no mesmo mar. Este projeto parece revelar de maneira mais sincera alguns aspectos intrínsecos a condição humana na atualidade através da crônica do cotidiano na praia.
Como brasileiro, Miami também teve seu lugar no meu imaginário. Ter a oportunidade de dedicar tempo naquele local e vivenciar essa experiência através da minha prática fotográfica me fez questionar muitas ideias pré-concebidas em relação àquele espaço. Da mesma forma que este é um lugar cheio de contrastes onde ilusão e desilusão parecem caminhar de mãos dadas, abracei suas sutilezas para adicionar mais camadas e cores às concepções muitas vezes estereotipadas.
Dentro do espectro das cores, reside uma dimensão capaz de expandir a interpretação dos sonhos, desejos, valores, aspirações humanas... Tudo ganha um novo ritmo e se revela sem a fronteira do pudor ou da vergonha, e assim, as cores tornam-se matéria-prima para reflexões e emoções.
Neste sentido, o termo "epifania" parece apropriado para o profundo sentimento de realização, sincronicidade e contradição que existe entre a essência do lugar e nós mesmos.
Este projeto pretende propor uma perspectiva mais ampla sobre os agenciamentos existentes entre corpos, identidade e a paisagem em um ambiente estimulado pela diversidade cultural, comportamental, ou mesmo, por um certo componente idiossincrático. As imagens são um convite a mergulhar neste enredo e entrar nessa experiência vivida que possibilitou estabelecer mais conexões e encontrar sentido em uma forma de lirismo para levantar questões e desafiar ideias singulares e bem definidas a respeito de um lugar tão complexo.